10 curiosidades radicais sobre o mundo do skate
Um esporte que nasceu underground e hoje em dia é destaque na competição esportiva mais importante do mundo, que tem uma ligação tão grande com os jovens que hoje algumas de suas maiores estrelas tem menos de 15 anos. Você conhece a história do skate?
Descendendo diretamente dos antigos patinetes, os primeiros exemplos do que viria a se tornar o skate, surgiram provavelmente no fim dos anos 1800, quando pessoas começaram a colocar rodinhas de patins em pedaços de tábuas ou caixas. Sim, o skate já era cultura maker antes mesmo desse termo existir.
Mas se o skate, de alguma forma, já existia no começo do século passado, foi apenas nos anos 40 e 50 que ele deixou de ser um meio de transporte precário para se tornar uma forma de diversão, com o primeiro registro de fabricação em massa surgindo em 1959, na Califórnia.
E muitos acreditam que foi exatamente graças ao encontro com o surf, exatamente na Costa Oeste americana dos anos 60, que o skate teve seu primeiro pico de popularidade. Isso porque, adotado como atividade pelos surfistas durante os dias sem ondas, o skate acabou se difundindo entre um público maior e os skates passaram a ser produzidos também pelos fabricantes de pranchas, aumentando a sua exposição no mercado.
Já nessa época surgiu uma das maiores skatistas da história: Patti McGee. Nada menos que a primeira mulher profissional no esporte, em 1965, aos 19 anos, ela venceu o campeonato nacional nos Estados Unidos e foi capa das revistas Skateboarder e Life. Mais tarde ela também seria a primeira mulher a fazer parte do Skateboard Hall of Fame, que homenageia os skatistas por seus feitos no decorrer da carreira.
Foi uma evolução técnica que permitiu que o skate finalmente desse seu salto de popularidade: a rodinha de poliuretano. Bem mais seguras e leves que as rodinhas antigas – feitas de ferro ou baquelite – as rodas de poliuretano não apenas tornaram os skates mais seguros como aumentaram a capacidade de realização de manobras, sendo utilizadas até hoje.
São várias as modalidades do esporte, cada uma com suas subdivisões, indo desde o “street”, o mais popular, onde as manobras aproveitam a arquitetura urbana, até o “down hill”, que envolve descida de ladeiras, passando pelo “vert”, que é realizado em pistas, além de vários outros.
O formato dos shapes – a “base” do skate – também mudou bastante com o tempo, principalmente diante do surgimento das novas modalidades. Se nos anos 70 e 80 os shapes cresceram e se tornaram mais largos, nos anos 90 e 2000 eles novamente diminuíram, com mudanças de formato que privilegiavam a modalidade street.
A primeira competição oficial de skate no Brasil foi realizada no Rio de Janeiro, em 1974, na Quinta da Boa Vista, e a primeira pista do Brasil e da América Latina foi construída em Nova Iguaçu (RJ) no final de 1976. Já a primeira competição destinada especialmente para mulheres demorou bem mais, acontecendo quase vinte anos depois, em São Paulo, no ano de 1995.
Mas não demorou muito para que brasileiras subissem nos pontos mais altos do pódio ao redor do mundo. Seja Larissa Carollo, primeira brasileira campeã do circuito mundial no street em 2000, seja Karen Jonz, vencedora dos X-Games em 2008, o skate brasileiro tem grandes representantes, com destaque para Rayssa Leal, a famosa “Fadinha”, que conquistou a prata nos Jogos de Tóquio, em 2020 e o ouro no último Pan, na categoria street.
Em 2016, foi anunciado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) que o skate, a partir de 2020, no Japão, será um esporte olímpico, um importante reconhecimento para uma atividade que surgiu da criatividade de alguns jovens muito tempo atrás e hoje é uma indústria, com atletas profissionais do mais alto nível.
Um deles é o nosso Augusto Akio, da categoria Park, prata nos Jogos Panamericanos de Santiago ano passado, e que chega com sede de medalhas para os jogos de Paris!
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