Em audiência pública no Senado, Jean Paul Prates defende nova estratégia comercial

Presidente da empresa também negou risco de desabastecimento de diesel

Postado em 16/08/2023

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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participou, nesta quarta-feira (16/08), da sessão conjunta das Comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR), no Senado Federal, para esclarecer sobre a estratégia comercial da empresa, adotada desde maio deste ano, após a descontinuação do PPI (Preço de Paridade de Importação). Para o presidente, o valor internacional atingiu um novo patamar, uma vez que o preço do petróleo cru subiu de dois a quatro pontos percentuais desde o final de julho, em consequência da guerra da Ucrânia, do aquecimento das economias de Estados Unidos e China, além de novas estratégias da Opep.
 
"Igualar ao preço do importador, é igualar ao preço do concorrente mais ineficiente. Quando importamos, temos prerrogativas internas para fazê-lo, temos organização e planejamento para pontos de entrega, enquanto outros compram ocasionalmente. Nossa política de preços passou no teste faremos esse movimento quantas vezes forem necessárias.”, declarou o presidente da Petrobras. 
 
Além da estratégia comercial, os integrantes da mesa, senadores Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da CDR, e o senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da CI, também colocaram em pauta os planos de atuação da Petrobras e a política de abastecimento de combustíveis.
 
“Não há nenhum sinal de desabastecimento. Aplicamos o reajuste nos preços dos combustíveis, então, há menos razão ainda para ter gente represando diesel ou tendo algum problema de desabastecimento", afirmou Jean Paul Prates, que destacou ainda a autossuficiência do Brasil em petróleo, conquistada em 2006.
 
“Estamos prestes a completar 70 anos e em todo esse período buscamos resolver o problema da dependência do produto externo. O Brasil não pode depender de importação e estamos trabalhando por isso”.
 
Margem Equatorial
 
Ao ser questionado sobre a exploração na Margem Equatorial, o presidente da Petrobras lembrou que explorar significa procurar, e não produzir, destacando que a companhia possui todos os requisitos e expertise necessários para executar o projeto. “Não há registro de acidentes durante perfurações de poços. Já existem outras perfurações naquelas regiões e essa nova etapa de exploração será a menos ofensiva de todas, é a que tem mais condições de gerar receitas governamentais”, concluiu.
 
Transição energética e biocombustíveis
 
Jean Paul Prates estima que o petróleo deixará de ser produto relevante em cerca de 50 anos e que a Petrobras está respaldada com conhecimentos técnicos para produção de energia eólica. O presidente da CDR, senador Marcelo Castro (MDB-PI), apontou o hidrogênio verde como uma possível alternativa de investimento para o Brasil. Segundo Prates, o melhor lugar do mundo para a implantação de energia eólica offshore é o Nordeste brasileiro. “A Petrobras opera completíssimas estruturas no alto mar. Construir hélices eólicas em alto mar é ‘playmobil’ para a Petrobras”. 
 
Quanto à produção de biocombustível, Prates afirmou aos parlamentares que a Petrobras não vai atropelar as fábricas de biodiesel, que seguirão lucrativas e autossuficientes. “O mercado é paralelo ao outro. Hoje, a Petrobras é a única que faz o R5, que não é biodiesel, e sim um diesel com conteúdo vegetal na origem. É um produto derivado de petróleo com conteúdo renovável”. 
 
Também estiveram presentes na audiência os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Rogerio Marinho (PL-RN), Fernando Farias (MDB-AL), Esperidião Amin (PP-SC), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), Lucas Barreto (PSD-AP), Cleitinho (Republicanos-MG), Laércio Oliveira (PP-SE) e Zequinha Marinho (Podemos-PA).

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