Petrobras planeja investimento de R$ 6 bilhões para o segmento de fertilizantes

Companhia também estima investimentos de R$ 60 bilhões no refino brasileiro, R$ 3,2 bilhões só na Repar; Ansa e refinaria vão gerar 30 mil empregos na região

Postado em 16/08/2024

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A Petrobras prevê investir R$ 6 bilhões no segmento de fertilizantes no quinquênio, incluindo projetos em estudo. Deste total, R$ 870 milhões são voltados para a retomada das atividades da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), no Paraná. A estimativa é que a fábrica volte a operar em maio de 2025, num esforço de antecipação da previsão inicial. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (15) durante evento de retomada da unidade, no Paraná. Segundo a presidente da Petrobras Magda Chambriard, serão investidos R$60 bilhões no parque de refino brasileiro, destes R$ 3,2 bilhões são para a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) no horizonte do PE 24-28. Estavam presentes na cerimônia, além da presidente Magda Chambriard, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, diretores e conselheiros da empresa, ministros, parlamentares, sindicatos de petroleiros e força de trabalho da companhia no estado.

O presidente Lula falou sobre a importante da Petrobras para o Brasil e para o mundo, valorizou profissionais que trabalharam na companhia e reforçou a capacidade de inovar. “A Petrobras jamais vai acabar, porque quando não tiver petróleo, ela vai se especializar em outro tipo de energia. O Brasil será campeão do mundo em biocombustíveis, etanol quarta geração. A Petrobras não é uma indústria de petróleo, ela é uma indústria de desenvolvimento e inovação deste país”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em discurso, a presidente da Petrobras falou que a Petrobras está comprometida em investir no Brasil e acelerar o crescimento do país, seguindo o que está Planejamento Estratégico 2024-2028+. “Vamos aproveitar a regionalização das nossas atividades e seus potenciais de desenvolvimento para esta aceleração. E vamos contar com as trabalhadoras e trabalhadores do Sistema Petrobras para nos representar no Paraná. Nós demonstraremos juntos, a cada momento, a excelência do nosso trabalho técnico e o nosso comprometimento com o Brasil”, afirmou a presidente Magda Chambriard.

Atualmente, a fábrica está em processo de contratação de serviços e aquisição de materiais, com previsão de conteúdo local superior a 85%. Após finalizada essa etapa, será realizada a mobilização dos contratos de serviços e manutenção dos equipamentos para o início das atividades. Situada ao lado da Repar, a Ansa tem capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia, o que corresponde a 8% do mercado; 475 mil toneladas/ano de amônia; além de 450 mil m³/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32).

Após um acordo proposto pelo Ministério Público do Trabalho e homologado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), 215 ex-funcionários da fábrica reiniciaram suas atividades. Esses trabalhadores haviam sido dispensados em 2020, quando a fábrica foi hibernada. São essencialmente técnicos especializados no funcionamento da planta industrial e foram recontratados pela subsidiária. Durante a intervenção para retorno operacional serão gerados mais de 2 mil empregos, entre empregados Ansa e das empresas contratadas. Após retorno operacional, a fábrica possuirá cerca de 700 empregos diretos.

Investimentos na Repar

A Petrobras anunciou o investimento de 3,2 bilhões de reais, previstos no horizonte do PE 24-28, destinado a paradas de manutenção e projetos de investimento na Repar. Serão gerados cerca de 27 mil empregados diretos e indiretos. Entre os projetos, está prevista a implantação de uma nova unidade de hidrotratamento de médios (HDT), que tem por finalidade o aumento da produção de diesel S10, além de projetos de melhoria de eficiência energética, visando uma menor pegada de carbono nas operações e aumento de carga de destilação, para acréscimo da produção de derivados e atendimento ao mercado.

A Repar é pioneira na produção do Diesel R, combustível produzido por coprocessamento (processamento conjunto) de derivados de petróleo (parcela mineral), com matérias-primas de origem vegetal, como óleo de soja. Esse novo combustível é uma alternativa sustentável no ciclo diesel, pois a redução das emissões associada à parcela renovável é de ao menos 60% em comparação com o diesel mineral, podendo ser até maior a depender da matéria-prima utilizada.

A unidade atende cerca de 15% da produção nacional de derivados de petróleo e 85% do abastecimento vai para os estados do Paraná, Santa Catarina, sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. A capacidade instalada é de 33 mil m³/d ou 207.563 bbl/d e os principais produtos são o diesel, gasolina, GLP, coque, asfalto, óleos combustíveis, QAV, propeno, óleos marítimos.

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