Conheça nosso sistema imersivo de pesquisa de campo
Faça chuva ou faça sol, tecnologia contribui com o trabalho dos especialistas
![Cientista da Petrobras com óculos de realidade virtual. Ela está com o dedo levantado para cima.](/o/adaptive-media/image/18663965/Preview-1000x0/card_RV_headerNE_1.jpeg.1920x0_q85_crop1.jpg?t=1716837148000)
Com novas tecnologias, criamos nosso próprio laboratório virtual.
Realidade virtual parece coisa do século passado... e é mesmo! Ela surgiu na década de 70 e desde os anos 80 é utilizada em jogos como Atari, Sega e Nintendo. Desde então, essa tecnologia de interface evoluiu muito, passando de um simples ambiente virtual em uma tela para uma completa sensação de presença: a chamada imersão.
A realidade virtual tem diferentes aplicações na Petrobras, sendo utilizada inclusive na prospecção do óleo depositado entre as camadas de rochas e segmentos. Caroline Cazarin, geóloga do nosso Centro de Pesquisas, trabalha buscando novas tecnologias e formas de encontrar e retirar esse óleo.
Enquanto alguns geólogos atuam nos laboratórios, outros precisam ir a campo para analisar, repetidamente e em detalhes, uma mesma formação rochosa. Um trabalho exaustivo e muitas vezes arriscado, a depender do local. Mas, para que tantas viagens se temos tecnologia? Caroline explica que, por meio de uma parceria com a Universidade do Vale do Rio dos Sinos e seu laboratório de visualização científica, o VizLab, essas saídas de campo podem ser bastante reduzidas: “Nós desenvolvemos um software de visualização para afloramentos tridimensionais e, assim, podemos virtualizar o que enxergamos em campo”.
Laboratório virtual
E o que seria exatamente esse programa? “Inicialmente, precisamos ir a campo adquirir as imagens, por meio de um escaneamento completo, por exemplo, ou mesmo fotografias que, ao serem sobrepostas, irão gerar um modelo tridimensional”. Depois deste primeiro – e único – levantamento, os dados de afloramentos como elevações geográficas, por exemplo, são inseridos no sistema e, a partir daí, as análises podem ficar restritas ao ambiente virtual.
“Além de eu visualizar esse afloramento, é possível também acrescentar informações que vão além do que eu estou vendo, por exemplo, o tipo de mineral ou o tipo de porosidade e permeabilidade que essa rocha possui. Então nós conseguimos ter o que chamamos de um laboratório virtual”, explica Caroline.
Sistema imersivo e seguro
Mas é só isso? Não! Ainda tem a parte mais legal: o sistema imersivo. Algumas vezes, apesar de já ter os dados sobre as rochas, o geólogo precisa rever alguma informação. “Em vez de ter que viajar novamente, ele pode colocar os óculos 3D dele, dentro do seu escritório ou da sua casa, e revisitar o campo mais uma vez. Não precisamos mais ir lá, para ficar tomando sol na moleira, como a gente fala. Não precisamos tomar chuva”. Além da questão meteorológica, que pode interferir na visita, existe outra bem mais importante: a segurança. A experiência da imersão elimina os riscos de uma escalada ou de uma pesquisa no fundo de uma caverna, por exemplo.
Para saber mais sobre o uso da realidade virtual nesses ambientes, assista aqui à entrevista completa da geóloga Caroline Cazarin no canal Brincando com Ideias.
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