O (en)canto que vem do oceano
Desde as profundezas dos mares, eles emitem sons que deixam os humanos em terra firme encantados
Conhecidos como os cantores dos oceanos, os cetáceos são animais dos quais fazem parte, entre outros, as baleias e os golfinhos. O termo “cetacea” vem do grego, “ketos”, que significa baleia ou monstro marinho. Estudos indicam que os cetáceos modernos evoluíram a partir de animais terrestres, que colonizavam áreas próximas a rios e mares há cerca de 55 milhões de anos. Entre as mais importantes adaptações à vida aquática estão a modificação de membros em nadadeiras, o desenvolvimento de um espesso isolamento térmico na forma de gordura e as habilidades de mergulho complexas. Além disso, os cetáceos desenvolveram caudas poderosas que permitem sua propulsão. A característica marcante que difere o subgrupo dos golfinhos (Odontocetos) e das baleias (Misticetos) é que os primeiros possuem dentes, enquanto as baleias possuem barbatanas, placas de quitina fixadas na mandíbula e que permitem que elas filtrem seu alimento.
Nos dias de hoje, as evoluídas baleias das espécies Jubarte e Franca, acompanhadas de perto pelos projetos Baleia Jubarte e ProFranca, migram para as águas quentes da costa brasileira para reprodução. Em Abrolhos, o Projeto Baleia Jubarte tem utilizado a bioacústica, uma ciência que combina a biologia e a acústica para o estudo da produção sonora dos animais. Durante esta temporada reprodutiva, um gravador autônomo está gravando os cantos e ruídos na região para pesquisas.
E é justamente durante a época de reprodução que as baleias Jubarte macho cantam, provavelmente para chamar a atenção das fêmeas ou mesmo afastar outros machos. As “canções” são frases cantadas em longas sequências de repetição. O canto difere entre as populações de baleias e varia a cada temporada, sendo alterado lentamente até se tornar uma canção completamente distinta em cinco anos. Escute um pouquinho desse canto:
Já o outro tipo mais conhecido de cetáceo, o golfinho, produz sinais sonoros que variam de acordo com seu comportamento. Os golfinhos da espécie residente em Fernando de Noronha são foco da atuação em conservação do projeto Golfinho Rotador. Os golfinhos-rotadores produzem dois tipos de sinais em pulsos explosivos, além de estalidos de ecolocação, silvos com tons puros e assobios altos. A produção dos sons é realizada via sistema respiratório, por meio do estrangulamento e da vibração dos dutos e sacos de ar do crânio. Escute aqui o som de um golfinho:
Não é apenas através de projetos patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental que monitoramos e pesquisamos as baleias e golfinhos. De Florianópolis (SC) até Cabo Frio (RJ), contamos com o Programa de Monitoramento de Cetáceos da Bacia de Santos (PMC-BS), estruturado e executado por nós para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal. O Programa reflete o compromisso da companhia com o ecossistema marinho e costeiro nas regiões onde a Petrobras concentra suas atividades.
Saiba mais sobre os nossos projetos patrocinados:
golfinhorotador.org.br
Veja também: Desvendando os mistérios da temporada de baleias: 10 curiosidades fascinantes
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