Recifes de corais e zooxantelas: um amor aquático que precisa ser protegido
Você sabia que a existência de 25% da biodiversidade marinha depende dos recifes de coral? Saiba mais sobre eles e veja projetos que ajudam em sua preservação.
Recife de coral registrado pelo Coral Vivo, projeto patrocinado pelo Programa Petrobras Socioambiental.
Foto: Áthila Bertoncini | Projeto Coral Vivo
Você já se perguntou sobre o fascinante mundo subaquático dos recifes de coral? Essas estruturas incríveis abrigam uma biodiversidade única, mas estão enfrentando desafios significativos, como a acidificação dos oceanos.
Vamos mergulhar no universo dos recifes de coral, compreendendo sua formação, qual a sua importância ambiental e como podemos contribuir para a preservação desse ecossistema vital.
O que é um recife de coral? E uma zooxantela?
O coral é uma criatura muito peculiar no reino animal: um bicho que parece planta e, às vezes, parece pedra. As zooxantelas — também chamadas de xantelas —, por sua vez, são um tipo de alga unicelular que vivem no interior das células do tecido dos corais, resultando em uma relação única e interdependente.
Cerca de 30% da costa do planeta — 600 mil m2 — é formada por recifes de coral. O maior deles, conhecido como a Grande Barreira de Corais da Austrália, tem dois mil quilômetros de extensão. São 605 espécies catalogadas de recifes verdadeiros, classificados como corais-pétreos zooxantelados, e o Brasil possui os únicos deles no Atlântico Sul: 16 espécies no total.
As formações brasileiras, inclusive, apresentam características peculiares: estão entre as poucas espécies que vingam em águas agitadas (túrbidas). As principais delas se encontram na região que vai do Parcel de Manuel Luís, no Maranhão, até Abrolhos, na Bahia.
Qual é a relação entre os recifes de corais e as zooxantelas?
A sobrevivência dos recifes de corais de água rasa, o ecossistema mais diverso do ambiente marinho, depende da sua união com a célula vegetal da zooxantela, em seu interior.
Isso acontece porque, ao realizar a fotossíntese, a zooxantela complementa a dieta dos corais com açúcares, aminoácidos e outros nutrientes, além de prover boa parte do oxigênio que eles precisam. Em troca, os corais fornecem o dióxido de carbono e alguns outros nutrientes que essas algas necessitam.
Lembra quando falamos que o coral é um animal que se parece com uma pedra? Isso acontece justamente devido à “química” entre ele e a zooxantela. A união dos dois é responsável pela produção do calcário que forma o exoesqueleto que recobre o coral e serve de proteção — tanto para ele quanto para ela.
As zooxantelas também são responsáveis pela beleza incomparável dos corais. Afinal, a variedade de cores que observamos na maioria dos corais só existe por causa dessa relação deles com as algas. Quando a zooxantela se vai, o coral ganha uma aparência esbranquiçada, triste.
Qual a importância dos recifes de coral para o meio ambiente?
Os recifes de coral desempenham um papel fundamental na preservação da biodiversidade marinha. Estima-se que 25% de todas as espécies marinhas dependem diretamente desses ecossistemas para sobreviver.
Além de servirem como habitats vitais para inúmeras criaturas marinhas, os recifes também desempenham um papel crucial na promoção da pesca sustentável e, até mesmo, na economia turística.
Atualmente, a situação da maioria dos recifes do planeta é delicada. Por se tratar de sistemas altamente especializados e sensíveis às mudanças climáticas e ambientais, estima-se que 19% deles já tenham se perdido, e 35% encontram-se ameaçados.
O que é a acidificação dos oceanos e como isso afeta os recifes de coral?
A elevação da temperatura do planeta e a alta concentração de CO2 na atmosfera, nos últimos anos, têm provocado mudanças na temperatura e no pH da água dos oceanos — e crise na relação entre zooxantelas e corais.
Estudos apontam que o branqueamento dos corais está relacionado a mudanças ambientais, como incidência de luz, poluição ou aumento da temperatura.
Isso acontece, principalmente, porque os oceanos são responsáveis pela absorção de 30% do gás carbônico presente na atmosfera. Em contato com o oceano, o CO2 produz reações químicas que resultam na acidificação da água e afetam diretamente a vida das zooxantelas. Sem elas, o coral perde sua principal forma de nutrição.
Como a Petrobras ajuda na conservação dos recifes de corais?
A gente, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, patrocina iniciativas como o Projeto Coral Vivo para preservar esses ambientes incríveis!
O Projeto Coral Vivo, patrocinado por meio do Programa Petrobras Socioambiental, desempenha papel vital na conservação dos recifes de coral. Criado em 2003, o Coral Vivo atua na pesquisa, educação, formulação e acompanhamento de políticas públicas, além da comunicação e sensibilização da sociedade para a importância dos corais.
O projeto nasceu em uma parceria entre o Museu Nacional e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ao longo do tempo, se expandiu e ocupou outras frentes sociais fundamentais para a preservação dos recifes de coral.
O Coral Vivo agregou à pesquisa as questões de conservação marinha, envolvendo diferentes atores no processo – escolas, empresários, pescadores, turistas e comunidades. Investiu na educação e na sensibilização social para o entendimento e, consequentemente, a proteção de não só um ambiente, mas uma biodiversidade que favorece todos.
Outras iniciativas para preservar a biodiversidade
E o Coral Vivo é apenas um dos importantes projetos apoiados por nós com o objetivo de preservar a biodiversidade brasileira. Buscamos conciliar nossas atividades a iniciativas e processos que ajudem a construir um mundo mais sustentável, com respeito ao meio ambiente e atenção total às pessoas.
Entre os diversos projetos patrocinados por nós, estão iniciativas focadas na conservação de ecossistemas e de espécies marinhas, inclusive algumas em extinção. Além disso, também apoiamos ações que auxiliem no desenvolvimento econômico e social de comunidades locais que dependem de atividades pesqueiras e de aquicultura nas regiões onde atuamos.
Sabemos que a natureza é uma só, por isso, nosso cuidado vai além do mar. Também apoiamos a conservação e o reflorestamento de biomas brasileiros, sempre com o apoio das comunidades locais. Além disso, investimos na descarbonização de nossas operações e no desenvolvimento de biocombustíveis para reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
Assim, caminhamos rumo a uma transição energética justa, sem deixar ninguém para trás. Queremos prover energia com foco cada vez maior em sustentabilidade, igualdade e inclusão, construindo um amanhã mais promissor para todos.
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