Venha conhecer a categoria mais emocionante da vela ao lado de duas grandes campeãs
“A Fórmula 1 dos mares”, “a Nascar do esporte à vela". Esses são apenas alguns dos apelidos que a categoria de veleiros 49er recebeu e que dão uma ideia do quanto de velocidade e competitividade ela oferece. Mas que categoria é essa, que consegue tornar uma disputa dentro do mar mais emocionante do que aquele filme em que Sandra Bullock precisava parar uma lancha antes que ela explodisse?
O que é um 49er? E um 49er FX?
Concebido por dois velejadores neozelandeses, o 49er, batizado dessa forma por conta dos 4,99m de comprimento do seu casco, nasceu como conceito ainda nos anos 80, com a ideia de um barco mais ágil e veloz para dois tripulantes. Usando como base uma classe já existente de navegação, a Internacional 14, os criadores adicionaram alterações ao modelo do skiff – nome dado a esse tipo de pequeno barco estreito e comprido – como as asas sólidas, que em outros modelos eram de rede; os reforços em fibra de carbono e o mastro em duas peças de alumínio, entre outros.
O resultado veio tão rápido quanto a velocidade de quase 40 km/h que o barco alcança, com sua introdução nos Jogos de Sidney, no ano 2000, e o surgimento de uma nova versão do barco, o 49er FX, especialmente projetado para tripulações cujo peso somado chegasse até 120 kgs e já presente nos Jogos do Rio de janeiro, em 2016. Tudo isso, claro, usando alta tecnologia para um barco forte e leve, quase todo em fibra de vidro e de carbono.
Mas o que o 49er FX tem de tão diferente?
Pra responder essa pergunta, ninguém melhor do que uma integrante do Time Petrobras duas vezes medalhista de ouro na categoria como a Kahena Kunze, que esteve ao lado da Martine Grael no lugar mais alto do pódio em Tóquio.
“Eu diria que a 49er FX é como a Fórmula 1 da vela, porque é um barco ágil, rápido e se você coloca ele na água, ele vira, então você precisa ter uma coordenação mútua entre a dupla pra que o barco consiga velejar nas condições ideais. Por ele ser mais leve que os outros cascos, e ter uma área vélica grande e bem dinâmica, com 3 velas, isso torna ele um barco veloz e até mais bonito de se ver”, explica Kahena.
Tá, mas e como isso tudo funciona?
“A Martine é a timoneira, ela comanda o barco, e eu como proeira, ajudo a regular as velas e na comunicação. E claro, temos papeis diferentes, uma complementa a outra, e a minha função é realmente ajustar todas as velas pro barco andar o mais rápido possível. Eu faço um pouco mais de força pela minha função, é um pouco mais físico, principalmente pra subir a terceira vela e por eu levar o balão, que é essa vela que fica guardada”, descreve a campeã mundial.
Mas claro, o trabalho não é só físico, ele exige muita inteligência e sincronia também. “Durante uma regata a gente vai passando por diferentes adaptabilidades e as condições do vento vão mudando, de onda também, e essa adaptação às novas condições tem que ser muito rápida e com uma sincronia boa entre eu e a Martine, então tudo que eu consiga passar pra ela de informação, que eu estou vendo nas raias, dos outros barcos, essa é a minha função de passar pra ela.”
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Infelizmente não é apenas a velocidade e a emoção que a categoria 49er tem em comum com as mais importantes disputas do automobilismo: o investimento necessário também é muito alto. Com um barco custando em torno de 35 mil dólares, sem as velas ou outros acessórios, a modalidade hoje ainda é um esporte de custos altos, ainda mais para quem quer disputar em alto nível.
“Eu gostaria muito que a vela fosse um esporte mais acessível, acho que hoje em dia no Brasil se você não é filiado a um clube ou projeto, é um pouco mais difícil, mas não é impossível. Acho que tem várias formas de você começar, tem clubes que tem programas de iniciação a vela, então não é preciso estar filiado ao clube pra começar a aprender. Eu gostaria que existissem mais projetos nesse sentido, espero que no futuro eles existam, mas acho que temos oportunidades pra quem quer começar, principalmente no Rio, em São Paulo e em algumas cidades do nordeste.”
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Pra gente é um orgulho patrocinar uma dupla de campeãs com a Kahena e a Martine, que representam a dedicação, capacidade técnica e vontade de vencer que toda a nossa empresa demonstra. Mas e você, quer conhecer mais sobre o Time Petrobras e os esportes olímpicos? Só clicar aqui então!
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