Programa de captura de carbono (CCUS) da Petrobras é o maior do mundo em volume
Saiba o que é CCUS e descubra tudo sobre o maior programa de captura, uso e armazenamento de CO2 do mundo, mantido pela Petrobras.
![Plataforma FPSO da Petrobras](/o/adaptive-media/image/13389084/Preview-1000x0/ccus-petrobras.png?t=1708456396000)
A tecnologia CCUS nos permite reinjetar o CO2 diretamente no reservatório de petróleo.
Fonte: BIP
Nosso programa de captura, uso e armazenamento de CO2 vem aumentando a cada ano o volume reinjetado e é referência mundial no uso de tecnologias em direção a um futuro de baixo carbono.
Em seu relatório “Net Zero by 2050”, lançado em 2021, a Agência Internacional de Energia (AIE) destacou que a captura de carbono (CCUS) é um dos principais viabilizadores para zerar as emissões líquidas de carbono até 2050.
Mas, afinal de contas, o que é CCUS? E como isso funciona? Confira agora!
O que significa a sigla CCUS?
CCUS é uma sigla para Carbon Capture, Utilization and Storage. Ou seja: captura, uso e armazenamento de carbono.
Para que serve o CCUS?
O gás dos campos do pré-sal contém gás natural e também CO2 na sua composição. A tecnologia de CCUS engloba a separação de ambos e a posterior reinjeção do gás de volta ao reservatório de onde saiu, onde fica armazenado.
A reinjeção foi uma solução encontrada pela companhia para atender ao compromisso de não ventilar para a atmosfera o CO2 que está presente no gás natural. Trata-se de uma das iniciativas que permitem à empresa produzir petróleo com baixa emissão de carbono nos campos do pré-sal.
Como conseguimos capturar e armazenar carbono?
A captura de carbono é feita a partir da separação do gás natural e o CO2 na plataforma. A reinjeção do CO2 no reservatório é feita com uso de tecnologia de injeção alternada de água e gás (Water Alternating Gas - WAG), ajudando a manter a pressão interna e melhorando a recuperação de petróleo.
A solução desenvolvida pela Petrobras é pioneira pois, ao mesmo tempo em que evita emissões, também aumenta a eficiência da produção. Isso acontece porque a reinjeção de CO2 ajuda a manter a pressão interna nos reservatórios e, com isso, promove um aumento na quantidade de óleo que pode ser extraído (a chamada Recuperação Avançada de Petróleo, ou Enhanced Oil Recovery - EOR).
Atualmente, a Petrobras trabalha no desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis e de captura de carbono visando à redução do tamanho e peso das unidades de processamento nas plataformas, além da redução dos custos para as operações.
Um exemplo é a tecnologia patenteada pela Petrobras de separação em alta pressão (High Pressure Separation - HISEP). Com ela, o gás que sai do reservatório já é separado e reinjetado a partir de um sistema localizado no fundo do mar. Com isso, a produção do campo é ampliada e é possível alcançar uma menor emissão de gases de efeito estufa para cada barril de óleo produzido.
Qual é a escala atual de captura e armazenamento de petróleo da Petrobras?
O programa de captura, uso e armazenamento geológico de CO2 (Carbon Capture, Utilization and Storage - CCUS) desenvolvido pela Petrobras nos campos do pré-sal é o maior do mundo em operação, em volume reinjetado anualmente, e também é o pioneiro em águas ultraprofundas.
A Petrobras vem aumentando, a cada ano, o volume de CO2 reinjetado em reservatórios. Em 2022, batemos o recorde mundial de CCUS, de acordo com o Global CCS Institute, alcançando a marca de 10,6 milhões de toneladas reinjetadas — isso equivale a 5,8 bilhões de m³ de CO2, o que é cerca de 25% de todo o volume reinjetado pela indústria global.
Este resultado é fruto do desenvolvimento de um conjunto de inovações da Petrobras, desde tecnologias de captura até modelos matemáticos avançados.
Há quanto tempo a Petrobras faz captura de carbono?
A primeira implantação foi feita em 2008 e, até 2022, a Petrobras já havia reinjetado um total de 40,8 milhões de toneladas de CO2 nos reservatórios. O resultado está em linha com nossos Compromissos do Clima, que incluem a meta de atingir o volume acumulado de 80 milhões de toneladas de CO2 reinjetadas até 2025.
Em 2015, nosso pioneirismo em CCUS foi reconhecido mundialmente com o OTC Distinguished Achievement Awards.
Atualmente, todas as nossas 21 plataformas que produzem no pré-sal da Bacia de Santos incorporam a tecnologia de CCUS associada à recuperação avançada de petróleo. A experiência em campo e as iniciativas de pesquisa contribuirão ainda para a evolução tecnológica e redução de custos, capacitando a empresa a avaliar e desenvolver novas oportunidades associadas à CCUS.
"Os petróleos não são todos iguais. O petróleo que produzimos nos campos do pré-sal (notadamente Tupi e Búzios) está entre aqueles com menor emissão operacional do mundo. Consumir petróleo produzido com menor emissão é uma contribuição imediata e relevante para a redução das emissões mundiais. Nos últimos 12 anos, conseguimos reduzir praticamente à metade a emissão por cada barril de petróleo produzido e nossa ambição é atingir a neutralidade em carbono. O domínio da tecnologia de CCUS-EOR é uma alavanca para reduzir as emissões de vários setores e um elemento de competitividade para a Petrobras."
Viviana Coelho, gerente executiva de Mudanças Climáticas e Descarbonização da Petrobras
Quais são as outras iniciativas da Petrobras para descarbonizar suas operações
A reinjeção de CO2, em campos de produção, associada à tecnologia EOR, de recuperação avançada de petróleo, continuará tendo papel relevante na trajetória de redução da intensidade de emissão de gases de efeito estufa na produção de óleo e gás.
Mas essa é apenas uma das diversas tecnologias e iniciativas sustentáveis que a Petrobras está investindo para neutralizar suas emissões de carbono e liderar a transição energética no país. Para se ter uma ideia, o nosso óleo produzido na camada do pré-sal já tem emissão de CO2 até 70% menor do que a média mundial! Quer descobrir como estamos transformando nossa energia?
Conheça mais tecnologias e iniciativas sustentáveis da Petrobras.
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