Da energia eólica offshore ao desenvolvimento de biocombustíveis: conheça os principais produtos de baixo carbono e iniciativas de descarbonização.
Na busca por uma transição energética justa, dois mecanismos sempre surgem na conversa: a descarbonização e o desenvolvimento de produtos de baixo carbono. Mas o que são eles? E qual sua importância para o desenvolvimento sustentável do setor de energia? Conheça a seguir!
Qual a importância da descarbonização?
A redução ou a eliminação das emissões de carbono no processo produtivo, chamada de descarbonização, é extremamente importante para viabilizar uma transição energética justa para todos. Afinal, sabemos que o uso de combustíveis fósseis pode emitir grandes quantidades de gases de efeito estufa. Ao mesmo tempo, indústrias, empregos e economias mundiais inteiras ainda dependem do setor de óleo e gás para existirem.
Nesse cenário, a descarbonização surge como um mecanismo para reduzir as emissões sem que falte energia para ninguém. Mas você sabe de onde vêm essas emissões a serem reduzidas? Em participação no podcast Nossa Energia, nossa gerente executiva de Mudança Climática, Viviana Coelho, explica de maneira clara e simples:
Quais são os tipos de emissões de carbono?
Antes de reduzir as emissões de carbono, é necessário entender de onde elas vêm. Para isso, o GHG Protocol (Greenhouse Gas Control) definiu um padrão mundial que divide as emissões em três escopos. O monitoramento das emissões de Escopos 1 e 2 são obrigatórios para as empresas que aderem à medição do Protocolo, enquanto o monitoramento para Escopo 3 é opcional.
Os três escopos do GHG Protocol englobam as emissões diretas e indiretas das empresas.
O que são produtos de baixo carbono e quais são os principais?
Produtos de baixo carbono são aqueles que emitem menos gases de efeito estufa do que suas alternativas tradicionais, com eficiência igual ou maior. Queremos reduzir não apenas o impacto ambiental da nossa companhia, mas também oferecer soluções sustentáveis que ajudem todos a fazerem o mesmo, e os produtos de baixo impacto são fundamentais para isso.
Imagine uma empresa de transporte logístico, por exemplo. Se não houver uma oferta acessível e segura de biocombustíveis, essa empresa terá que utilizar combustíveis fósseis em suas frotas, gerando uma grande quantidade de emissões indiretas na atmosfera. Por outro lado, de nada adianta nada haver uma oferta acessível de biocombustíveis se a maioria dos veículos existentes não tiver motores compatíveis com esses produtos — a transição para uma economia de baixo carbono exige um esforço conjunto.
Em nosso Plano Estratégico 2024-2028+, prevemos o potencial de ampliar até quatro vezes a capacidade de produção de biocombustíveis (em volume) entre 2022 e 2030!
A gasolina da Linha Petrobras Podium já se destaca por ter um ultrabaixo teor de enxofre, o que reduz seus impactos à saúde das pessoas e ao meio ambiente. Mas fomos além: a partir do mercado de carbono, que consiste compensar as emissões por meio da negociação de créditos de carbono, nossa Gasolina Podium tornou-se a primeira gasolina carbono neutro do Brasil!
Cada crédito representa a remoção de uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (CO2e) e podem ser adquiridos por empresas e países que desejam compensar suas próprias emissões ou de seus produtos.
O uso de veículos elétricos é muito debatido para reduzir as emissões vindas do transporte. Mas é preciso lembrar que essa transição é gradual: tanto pela oferta dessas tecnologias de maneira global quanto pela disseminação dela de maneira acessível, para que todos possam pagar e utilizar. Até lá, o que pode ser feito para reduzir as emissões vindas do uso do óleo diesel, um dos combustíveis mais utilizados do mundo e que movem os caminhões?
O Diesel R é o combustível da Petrobras produzido a partir da combinação do diesel tradicional, vindo do petróleo, com matérias-primas de origem vegetal ou animal, como o óleo de soja. Dessa forma, o combustível reduz as emissões de gases de efeito estufa, em comparação com o diesel produzido apenas com combustível fóssil.
Em 2023, também assinamos contrato e implantação de uma tecnologia que nos permite desenvolver diesel 100% renovável: o Diesel R100.
A partir de 2027, existirão metas globais para reduzir as emissões da aviação. Para que elas sejam atingidas, precisamos intensificar a produção de combustíveis sustentáveis de aviação (sigla SAF, em inglês).
Com uso da tecnologia HEFA — a mesma que será usada para produzir diesel 100% renovável —, iremos produzir Bioquerosene de Aviação (BioQAV) a partir de matérias-primas renováveis, como óleo de soja e sebo bovino.
O BioQAV, assim como o diesel 100% renovável, tem potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 55% e 90% em relação aos combustíveis derivados de petróleo.
Asfalto sustentável
Nosso asfalto CAP Pro está nos ajudando a construir novos caminhos para a transição energética. Literalmente. Esse produto de baixo carbono emite 65% menos gases de efeito estufa do que o asfalto convencional na sua instalação, uma vez que pode ser aplicado em temperaturas até 40ºC menores do que as usuais, o que reduz 35% do consumo energético para asfaltar uma via.
E tudo isso com um benefício extra: possibilitar um maior uso de material reciclado de asfalto na composição do pavimento.
Bunker é um combustível que abastece navios e ajuda a transportar cargas e pessoas. Em 2023, a partir do Programa BioRefino, fizemos o primeiro abastecimento de navio da frota com biobunker.
A composição do biobunker tem 24% de biodiesel, que é misturado ao diesel tradicional para embarcações. Dessa maneira, ele se junta aos nossos demais produtos de baixo carbono para reduzir as emissões também no transporte aquaviário.
Pesquisas e desenvolvimento de energias e produtos de baixo carbono
Todos os nossos produtos de baixo carbono são resultados de anos de muita pesquisa e inovação tecnológica. Antes de serem disponibilizados para fazer parte do seu dia a dia, eles passam por anos de testes e investimentos para encontrar maneiras eficientes e viáveis de produzir energia de qualidade com menor impacto ambiental. E esse foco em pesquisa não se limita a produtos, também possibilitando a evolução de processos existentes e o desenvolvimento de soluções com menores emissões.
Por exemplo: você sabia que a Petrobras já desenvolveu células e módulos fotovoltaicos, para a produção de energia solar? E que temos uma usina fotovoltaica lá no Rio Grande do Norte, que basicamente serve como um laboratório para inovações sustentáveis? E nossa produção de petróleo no pré-sal: você sabia que ela emite até 50% menos CO2 do que a média mundial?
Conheça algumas das nossas soluções de baixo carbono que já estão sendo testadas ou aplicadas:
Com processos de descarbonização, a exploração e produção de petróleo também se torna mais limpa.
