Conheça as categorias ou classes paralímpicas
Saiba como a classificação garante igualdade nas competições.
Como funcionam as categorias nas Paralimpíadas?
Carolina Santiago foi ouro na natação, na Classe S12. Petrúcio Ferreira também atingiu o lugar mais alto do pódio no atletismo, na Classe T47. Gabrielzinho Araújo "amassou” a prova 50m costas, na natação, Categoria S2. Mas você sabe como funcionam as categorias ou classes paralímpicas?
Foco na igualdade de condições
Primeiro é necessário entender o objetivo que orienta a ideia dessa divisão por categorias, que é o de colocar condições justas e igualitárias, em cada competição, para que os atletas possam se enfrentar. Para isso, todos os atletas são classificados através de um processo que envolve exames físicos, avaliação funcional com testes de força muscular e amplitude de movimentos, entre outros critérios; além do exame técnico, que consiste na realização da atividade esportiva propriamente dita, com o esportista usando as adaptações necessárias.
Os avaliadores podem então analisar os movimentos do atleta, sua técnica, e a utilização de próteses (que substituem partes ou membros do corpo) e órteses (que servem de suporte para um membro ou auxiliam na manutenção/aumento/recuperação de mobilidade).
Modalidades diferentes, classificações diferentes
Ainda que a lógica da categorização seja sempre a mesma, cada esporte tem seu próprio sistema de classificação, com siglas em referência ao nome do esporte ou da deficiência, em inglês, além de números que indicam um grau dentro de cada tipo de deficiência.
No atletismo, por exemplo, há duas grandes categorias. F, do inglês "field", é utilizada para as provas de campo, como lançamentos e arremessos; e T, de "track", serve para as corridas de velocidade, fundo e saltos.
Já as numerações variam de acordo com o grau e o tipo de deficiência. T11 a T13, por exemplo, são usados para pessoas com deficiências visuais, enquanto T20 para deficientes intelectuais e T31 a T38 para paralisados cerebrais, indo de 31 a 34 para cadeirantes e 35 a 38 para andantes. Também existem classes, no grupo T, para pessoas com nanismo, deficiência nos membros inferiores ou superiores, competidores cadeirantes e amputados com prótese, estrutura que se repete de maneira parecida nas modalidades da categoria F.
Ou seja, quando nosso Petrúcio Ferreira, do Time Petrobras, ganhou o ouro nos 100m na classe T47, ele competiu de maneira justa com outros atletas de alto nível em uma das categorias de deficiência nos membros superiores. E quando nossa Thalita Simplício brilha nos 400m T11, ela está competindo com outras pessoas do mesmo grau de deficiência visual.
Igualdade também dentro das piscinas
Na natação temos categorias principais divididas pelos estilos de nado, que são S para estilo livre, costas e borboleta; SB para nado peito; e SM para o medley. A numeração vai de 1 a 10 para atletas com deficiências físicas, 11 a 13 para atletas com deficiências visuais, e 14 para atletas com deficiências intelectuais.
Nossa Carolina Santiago, por exemplo, garantiu seu ouro nos 100m costas da classe S12, uma das categorias para atletas com deficiência visual.
Mas e os outros esportes?
São muitos esportes e, como vimos, cada um deles tem seu próprio sistema de classificação. Agora, vamos falar aqui sobre outros deles.
No basquete de cadeira de rodas, por exemplo, cada atleta recebe uma classificação que varia de 1 a 4,5 pontos de acordo com seu comprometimento motor, sendo maior a pontuação para os casos de menor comprometimento. Durante o jogo, a soma total dos cinco jogadores em quadra não pode passar dos 14 pontos.
Na canoagem temos três categorias. KL1: usa somente os braços na remada; KL2: usa tronco e braços na remada e KL3: usa pernas, tronco e braços na remada.
Já no futebol de 5, podem participar apenas atletas cegos totais, ou seja, sem qualquer percepção luminosa ou com alguma percepção luminosa mas incapazes de reconhecer formas em qualquer distância ou direção – com a exceção do goleiro, que é alguém sem deficiência visual. Diferente, por exemplo, do goalball, que tem três categorias: B1 para cegos totais, B2 para atletas que percebem vultos e B3 para atletas que conseguem definir imagens – mesma categorização utilizada no judô, onde competem apenas deficientes visuais.
Temos também o parabadminton, esporte estreante nos jogos e que conta com 6 categorias. WH1 para atletas cadeirantes, geralmente com deficiência em ambas as pernas e tronco; W2 para atletas cadeirantes em uma das pernas e mínima ou nenhuma limitação de tronco; SL3 para atletas andantes com deficiência em uma ou duas pernas e com muita dificuldade de locomoção e equilíbrio; SL4 para atletas andantes com deficiência em uma ou nas duas pernas, mas com pouca dificuldade de locomoção e equilíbrio; SU5 para atletas com deficiência nos membros superiores, podendo ser ou não no braço da raquete; e SH6, atletas de baixa estatura.
Saiba mais sobre o Time Petrobras e descubra outras curiosidades sobre o esporte.
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